quinta-feira, 3 de novembro de 2011

CHAVES AUXILIARES TIPO BOTOEIRA

As chaves auxiliares ou botões de comando são chaves de comando manual, que
interrompem ou estabelecem um circuito de comando por meio de pulsos. Podem
ser montadas em painéis ou em caixas para sobreposição. Veja ilustração abaixo.

As botoeiras podem ter diversos botões agrupados em painéis ou caixas, e cada
painel pode acionar diversos contatos abridores ou fechadores.

CONSTRUÇÃO
As chaves auxiliares tipo botoeira são constituídas por botão, contatos móveis e
contatos fixos.
Os contatos são recobertos de prata e suportam elevado número de manobras.
As chaves auxiliares são construídas com proteção contra ligação acidental, sem
proteção ou com chave tipo fechadura.
As chaves com proteção possuem longo curso para ligação, além de uma
guarnição que impede a ligação acidental.
As botoeiras com chave tipo fechadura são do tipo comutador. Têm a finalidade
de impedir que qualquer pessoa ligue o circuito.

As botoeiras podem ainda conjugar a função de sinaleiro, ou seja, possuem em
seu interior uma lâmpada que indica que o botão foi acionado.

Botoeiras do Tipo Pendente
As botoeiras do tipo pendente destinam-se ao comando de pontes rolantes e
máquinas operatrizes, nas quais o operador tem de acionar a botoeira enquanto
em movimento ou em pontos diferentes.

RELÉS

O relé é um dispositivo de comando, ou seja, é empregado na partida de motores
no processamento de solda de ponto, no comando de laminadoras e prensas e no
controle de iluminação de edifícios.
Para compreender com mais facilidade o funcionamento desse dispositivo, é
necessário ter conhecimentos anteriores sobre eletromagnetismo.
Diferentemente dos fusíveis, que se auto-destroem, os relés abrem os circuitos
em presença de sobrecarga, por exemplo, e continuam a ser usados após sanada
a irregularidade.
Em relação aos fusíveis, os relés apresentam as seguintes vantagens:
- Ação mais segura;
- possibilidade de modificação do estado ligado para desligamento (e viceversa

- proteção do usuário contra sobrecargas mínimas dos limites predeterminados;
- retardamento natural que permite picos de corrente próprios às partidas de
motores.
Tipos
Os relés usados como dispositivos de segurança podem ser eletromagnéticos e
térmicos.
Os relés eletromagnéticos funcionam com base na ação do
eletromagnetismo, por meio do qual um núcleo de ferro próximo de uma
bobina é atraído, quando esta é percorrida por uma corrente elétrica. Os mais
comuns são de dois tipos:
- Relé de mínima tensão;
- Relé de máxima corrente.
O relé de mínima tensão recebe uma regulagem aproximadamente 20% menor do
que a tensão nominal.
Os relés de mínima tensão são aplicados principalmente em contatores e
disjuntores.

O relé de máxima corrente é regulado para proteger um circuito contra excesso
de corrente. Esse tipo de relé abre, indiretamente, o circuito principal, assim que a
corrente atingir o limite da regulagem.
A corrente elevada, ao circular pela bobina, faz com que o núcleo do relé atraia o
fecho. Isto provoca a abertura do contato abridor e interrompe o circuito de
comando.

A regulagem desse tipo de relé é feita aproximando-se ou afastando-se o fecho
do núcleo. Quando o fecho é afastado, é necessário uma corrente mais elevada
para acionar o relé.

Os relés térmicos, como dispositivos de proteção, controle ou comando do
circuito elétrico, atua por efeito térmico provocado pela corrente elétrica.
O elemento básico dos relés térmicos é o bimetal.
O bimetal é um conjunto formado por duas lâminas de metais diferentes
(normalmente ferro e níquel), sobrepostas e soldadas.
Esses dois metais, de coeficientes de dilatação diferentes, formam um par
metálico. Por causa da diferença de coeficiente de dilatação, se o par metálico for
submetido a uma temperatura elevada, um dos metais do par vai dilatar mais que
o outro.

Por estarem fortemente unidos, o metal de menor coeficiente de dilatação
provoca o encurvamento do conjunto para o seu lado, afastando o conjunto de um
ponto determinado.

Esse movimento é usado para disparar um gatilho ou abrir um circuito, por
exemplo. Portanto, essa característica do bimetal permite que o relé exerça o
controle de sobrecarga para proteção dos motores.
Os relés térmicos para proteção de sobrecarga são:
- diretos;
- indiretos;
- com retenção.
Os relés térmicos diretos são aquecidos pela passagem da corrente de
carga pelo bimetal. Havendo sobrecarga, o relé desarma o disjuntor.
Embora a ação bimetal seja lenta, o desligamento dos contatos é brusco à ação
do gatilho. Essa abertura rápida impede a danificação ou soldagem dos contatos.

Nos circuitos trifásicos, o relé térmico possui três lâminas bimetálicas (A,B,C), que
atuam conjuntamente quando houver sobrecarga equilibrada.

Os relés térmicos indiretos são aquecidos por um elemento aquecedor indireto
que transmite calor ao bimetal e faz o relé funcionar.

Os relés térmicos com retenção possuem dispositivos que travam os contatos
na posição desligados, após atuação do relé. Para que os contatos voltem a
operar, é necessário soltar, manualmente a trava por meio de um botão
específico. O relé, então, estará pronto para funcionar novamente.

Observação: É necessário sempre verificar o motivo por que o relé desarmou,
antes de armá-lo novamente.
Os relés térmicos podem ser ainda compensados ou diferenciais.
O relé térmico compensado possui um elemento interno que compensa as
variações da temperatura ambiente.
O relé térmico diferencial (ou falta de fase) dispara mais rapidamente que o
normal, quando há falta de uma fase ou sobrecarga em uma delas. Assim, um
relé diferencial, regulado para disparar em cinco minutos com cargas de 10 A,
dispara antes, se faltar uma fase.